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Foto do escritorAna Luiza de Figueiredo Souza

Sobre essa tal masculinidade

Atualizado: 4 de jul. de 2022

O modelo dominante de masculinidade parece mais um projeto do que uma concretização. Mas a tentativa de mantê-lo afeta um grupo de forma muito particular: as mulheres. Falo sobre isso no livro


Afinal, esse "jeito de ser homem" se baseia no desprezo por tudo aquilo que remeta a ser mulher. É nelas (e em pessoas que se aproximam do que se considera feminino) que se descontam as frustrações geradas pela manutenção dessa imagem de força e autossuficiência que, sabemos, é miragem. Frágil.


Meu ponto aqui não é que mulheres sabem lidar melhor com seus sentimentos e os sentimentos alheios, mas sim que existe uma cultura que normaliza homens descontarem suas frustrações em cima das mulheres (e de quem se aproxima do que se considera feminino). E isso está errado. Não adianta ficar idealizando a posição feminina e continuar essas agressões. Sobre as recorrentes falas de que mulheres seriam mais emotivas e sensíveis por terem "maior conexão com a natureza", todos temos conexão com a natureza porque viemos dela e estamos nela, não é exclusivo de um gênero. Assim como todos podemos aprender a ser empáticos e respeitosos. Também não é questão de gênero. Questão de gênero é homens entenderem o impacto que seu comportamento tem nas pessoas que não dividem com eles o privilégio de ser homem em uma sociedade que os coloca como superiores.

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